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Empreendimentos classe A+ possuem uma menor taxa de vacância e maior resiliência durante as crises

O mapeamento de escritórios realizado pela equipe de inteligência da SiiLA é dividido em três subcategorias: A+, A e B. Todos os prédios são classificados e analisados, permitindo a identificação do valor de mercado, da taxa de vacância e dos inquilinos. Um dos padrões reconhecidos é que os empreendimentos classe A+ demonstram maior resiliência em comparação com os de classe A e classe B.

 

Ao comparar escritórios de classe A+ com os de classe A, essa resiliência se torna evidente em diferentes momentos do ciclo de mercado. Os imóveis de padrão A+ apresentam menor volatilidade na taxa de vacância e uma recuperação mais rápida em períodos de crise, como a pandemia.

 

Giancarlo Nicastro, CEO da SiiLA, vê padrões em algumas regiões, ele entende que isso é devido a concorrência.

 

"Os escritórios de classe A+ mostraram maior resiliência ao longo do tempo com menor volatilidade na taxa de vacância e uma recuperação mais rápida nos momentos de crise - esse padrão foi notado em todas as regiões. A demanda por espaços mais modernos e bem localizados sustentam essa recuperação, enquanto os imóveis de classe A enfrentam maior dificuldade de absorção, possivelmente devido à concorrência com opções superiores", explica.

 

Por SiiLA

 

Análise histórica

Os empreendimentos de alto padrão seguem tendências semelhantes ao longo do tempo, ainda que em intensidades diferentes. A vacância aumenta em alguns períodos específicos, geralmente devido à entrega de novos estoques, como ocorreu com os prédios do complexo Parque da Cidade, entregues em 2015, 2018 e 2021.

 

Ambos os segmentos registraram uma queda na vacância entre 2018 e 2020, mas os ativos classe A+ atingiram patamares mais baixos, chegando a 14,3% no primeiro trimestre de 2020, enquanto os escritórios classe A permaneceram acima de 17%. Com a pandemia, a partir de 2021, a vacância voltou a subir devido às incertezas econômicas e às restrições impostas pelo lockdown.

 

Por SiiLA

 

Com o fim das restrições, os dois segmentos passaram a seguir trajetórias distintas. Em 2024, os empreendimentos classe A atingiram sua maior vacância no terceiro trimestre, chegando a 27,7% e fechando o ano em 26,5%. Já os imóveis A+ registraram um pico menor, de 17,7%.

 

Faria Lima

Hoje a Faria Lima é a região mais importante para o mercado de escritórios corporativos de alto padrão. A região é cobiçada por grandes empresas e é alvo de grandes investimentos, mas ela também é protagonista de empreendimentos de classe A+.

 

A curva de vacância dela é semelhante a curva de vacância das regiões CBDs, porém com movimentos mais intensos. Os dados mostram que empreendimentos A+ mantiveram uma vacância baixa, mesmo durante a pandemia e com a entrega de novos ativos.

 

Por SiiLA

 

O edifício Vera Cruz II, na região da Faria Lima, é um bom exemplo do desempenho dos empreendimentos classe A+. O ativo foi construído em 2014 e desde então apresentou constantes reduções de vacância, hoje ele possui a vacância zerada desde 2023, mas sempre manteve um bom desempenho desde 2019.

 

Pertencente ao fundo PVBI11, o empreendimento é um dos melhores exemplos de ativos de altíssimo padrão na região. Ele possui inquilinos do segmento FIRE, como a Prologis, Riza Capital e GPS JB, além de empresas como Shein, EuroChen, Omea Energia e outros.

 

Por SiiLA

 

Características

Os empreendimentos A+ possuem lajes amplas, com mais de 1.200 m², e conjuntos com áreas superiores a 600 m², além de um pé-direito livre de pelo menos 2,70 metros. Além disso, oferecem estacionamento na proporção de até uma vaga para cada 35 m² e contam com certificação de sustentabilidade, além de geradores que atendem as áreas privativas.

 

Já os edifícios classe A possuem lajes acima de 1.000 m², conjuntos superiores a 500 m² e um pé-direito de 2,60 metros. A relação de vagas de estacionamento é a mesma cada 35 m² —, mas, nesse caso, o gerador atende apenas as áreas comuns.

 

Por SiiLA
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