Caged e payroll em destaque na agenda econômica da semana

Investidores aguardam dados referentes ao mercado de trabalho brasileiro e americano nos próximos dias, com a geração de empregos formais no Brasil e nos Estados Unidos. Além disso, no Boletim Focus apresentado pelo Banco Central nesta segunda, economistas consultados pela autarquia cortaram as estimavas de inflação e dólar ao final de este ano, mas mantiveram as da atividade econômica e dos juros.

No documento, para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a projeção foi cortada de 5,24% para 5,20%. A visão de mercado é de que o dólar deve fechar 2025 cotado a R$5,70, ante projeções anteriores de R$5,72. A mediana das estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) segue em 2,21% e a da Selic em 15%.

"Interessante notar a perspectiva de Dólar mais fraco este ano (R$ 5,70 contra a projeção de R$ 5,80 um mês atrás) e também para 2026 (R$ 5,79 contra R$ 5,90 um mês atrás). Isto sugere que o mercado está incorporando o fato que o conjunto das medidas de Trump tem como efeito enfraquecer o Dólar", ressaltou o economista André Perfeito.

Nesta segunda, além do Boletim Focus, o BCB divulga estatísticas fiscais, dados bancários internacionais, de títulos de dívida, além do relatório Firmus, com expectativas de empresas. Também na agenda de hoje está a apresentação pelo governo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Na terça, a S&P Global traz dados do PMI Industrial e, na quarta, o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e produção industrial estão na agenda. Na quinta, a S&P traz dados do PMI serviços e o PMI Composto. Fechando a semana, na sexta, serão revelados indicadores de preços ao produtor (IPP) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mercado externo

No cenário internacional, o Reino Unido registrou expansão anual do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,3% no primeiro trimestre, enquanto a variação somente nos primeiros três meses do ano atingiu 0,7%. Indicadores de PMI na Zona do Euro, EUA e no Reino Unido serão apresentados na terça, assim como dados de inflação ao consumidor (IPC) europeus.

Na quarta, destaque para a taxa de desemprego na Zona do Euro e variação de empregos privados ADP nos EUA. Na quinta, o mercado americano fecha mais cedo, às 13h, devido ao Dia da Independência na sexta (04 de julho). Indicadores de PMI na Zona do Euro, EUA e Reino Unido compõe a agenda, que contará ainda com a ata da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), dados de seguro-desemprego e relatório de empregos payroll nos Estados Unidos.

"Sobre a expectativa com o payroll, as projeções apontam para um número mais fraco na criação de vagas, enquanto a taxa de desemprego pode subir levemente. O dado será importante para calibrar as apostas sobre o início do ciclo de cortes pelo Fed, que hoje parece mais provável só a partir de setembro", destaca em nota Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.

Confira os principais eventos econômicos da semana:

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Fonte: Investing.com