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Além do DY e P/VP: Estudo sugere uso desta métrica para analisar FIIs em cenários de volatilidade

Em tempos de volatilidade nas taxas de juros, as métricas mais comuns para análise de fundos imobiliários (FIIs), como dividend yield (DY) e preço por valor patrimonial (P/VP) podem apresentar distorções, o que requer um olhar mais aprofundado, ou até o uso de uma métrica adicional. É o que aponta relatório da Cy Capital, gestora com foco em FIIs e que tem como sócia-majoritária a Cyrela, indicando como possibilidade o uso da Taxa Interna de Retorno (TIR) Patrimonial. A TIR Patrimonial contempla dividendos distribuídos ao longo do tempo e evolução do valor patrimonial por cota, visando minimizar os efeitos da oscilação dos preços de mercado.

 

 

O indicador mede o retorno total das cotas ao longo de 12 meses, assumindo fluxo em que o “investidor compra a cota no instante 0 pelo valor patrimonial (VP 0) e vende a cota no instante 12 pelo valor patrimonial atualizado (VP 12), acumulando os dividendos (div) ao longo do período”, detalha o documento.

Ao estudar as implicações para os mercados, a Cy Capital afirma que a TIR Patrimonial dos FIIs de papel teria acompanhado as taxas de juros prefixadas futuras, mas nos últimos meses, haveria um descolamento. “Enquanto as taxas futuras continuaram subindo de forma abrupta, a TIR Patrimonial desses FIIs caiu. Isso pode ser explicado pela marcação a mercado do valor patrimonial, que ocorre de forma quase imediata nos FIIs de papel”, explica o estudo.

Enquanto isso, o comportamento é diferente para FIIs de Logística Renda, pois a alta nos juros reais futuros tende a estar relacionado com a diminuição da TIR Patrimonial, mas, mesmo com as taxas em alta, o indicador seguiu em elevação.

Assim, o estudo reforça que as dinâmicas para cada foco de atuação são diferentes, mas as perspectivas convergem. Entre as conclusões, o documento aponta para um padrão cíclico entre as TIRs Patrimoniais, tendo em vista o comportamento fora do histórico, diante da TIR Patrimonial dos FIIs de Logística em patamares elevados mesmo com taxas mais altas. A discrepância, segundo o documento, pode estar relacionada à marcação mais lenta dos ativos reais e à resiliência da atividade econômica.

 

 

 

 

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